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Adenomiose: o que toda mulher deve saber sobre a doença

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Rodrigo Ferrarese

Rodrigo Ferrarese

Pra começar você já ouviu falar em Adenomiose? Se a sua resposta for não, então fique atenta nesse artigo escrito pelo Dr. Rodrigo Ferrarese, ginecologista e obstetra, e saiba mais sobre a doença.

*Dr. Rodrigo Ferrarese

Adenomiose: o que é, sintomas e tratamento

A adenomiose é uma alteração que ocorre dentro da cavidade do útero, na transição do endométrio para o miométrio. Nela, acontece uma quebra entre o endométrio (camada interna do útero) e o miométrio (camada externa do útero). Ou seja, as células endometriais infiltram o miométrio. Isso pode acontecer em um só local – o que chamamos de adenomiose focal – ou em toda a camada externa, causando uma lesão mais extensa – chamada adenomiose difusa.

Assim, toda vez que a paciente menstrua essa região – o miométrio – sangra também, o que leva a uma inflamação no útero. Dessa forma, resultando em dor e aumento de sangramento.

Apesar de não tão frequente, a adenomiose pode atrapalhar muito a qualidade de vida da mulher, inclusive dificultando uma possível gestação.

O que pode causar a adenomiose?

A verdade é que ainda pouco se sabe sobre por que a adenomiose acontece. O que sabemos é que a doença está relacionada a algumas alterações enzimáticas e também cirurgias no útero, como cirurgias intrauterinas e cesáreas.

Sabemos também que ela tende a acometer mais pacientes por volta dos 40 a 50 anos de idade, podendo também atingir mulheres mais jovens (nestes casos, tende a ser mais forte).

Quais os principais sintomas?

Os sintomas comuns variam de mulher para mulher. Quando a doença está mais avançada ela trará mais sintomas, já quando é mais restrita os sintomas são mais leves. Em geral, temos:

  • Cólicas intensas no período da menstruação;
  • Menstruação aumentada, inclusive com coágulos;
  • Dor na relação (em algumas pacientes).

No entanto, é importante dizer que algumas mulheres podem não apresentar qualquer sintoma.

Qual o exame que detecta a adenomiose?

A princípio, o principal deles é o ultrassom transvaginal. Assim, avaliamos a cavidade endometrial e a transição do endométrio para o miométrio. Em seguida, temos a histerossonografia, que aumenta a especificidade do ultrassom e a ressonância magnética. Além disso, um exame clínico é fundamental.

No entanto, para fecharmos um diagnóstico é preciso sempre de uma biópsia, confirmando que de fato existe a adenomiose.

Qual o tratamento?

O tratamento é um pouco complexo e pode ser demorado. Podemos utilizar alguns medicamentos, como tratamento hormonal ou também bloqueio hormonal.

Entretanto, o tratamento mais eficaz é a histerectomia, que é a retirada do útero. Porém, claro, não se trata de uma possibilidade para mulheres que estão pensando em engravidar ou pretendem ser mães algum dia. Então, nesses casos, recomendamos outro tipo de cirurgia, como a videolaparoscopia, principalmente. Como também, por ablação com ultrassonografia de alta frequência (HIFU).

*Dr. Rodrigo Ferrarese é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Também, fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual.

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