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Mulheres empreendendo na Comunicação: desafios versus preconceito.

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Maria Carolina Rossi

Maria Carolina Rossi

*Maria Carolina Rossi

A pandemia causada pelo coronavírus exigiu que grande parte dos profissionais e negócios se reinventassem, entre eles as mulheres.

Muitas empresas tiveram que partir para o home office, e-commerce ou mesmo modernizar seu negócio em busca da vitrine virtual, onde cada vez mais tudo acontece.

A princípio, todos os negócios foram afetados por conta da pandemia. Logo, o que diferencia o resultado disso é a forma como cada empresa lida com a crise. Contudo, foi na contramão dessa crise que algumas mulheres empreendedoras enxergaram uma oportunidade de crescer e alcançar o sucesso.

Um bom exemplo disso, está numa pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. A pesquisa realizada entre os dias 27 e 31 de agosto, onde foi comprovado que as mulheres foram mais rápidas e eficientes ao realizarem inovações em seus negócios, durante a pandemia. Um dado bastante significativo, visto que, 11% das mulheres inovaram em seus negócios e apenas 7% dos homens fizeram alguma mudança.

Além disso, a pandemia normalizou a migração dos negócios físicos para o online. A pesquisa global CEO Outlook 2020, realizada pela consultora KPMG, demonstra que a pandemia acelerou a transformação digital das empresas. Para 67% dos executivos ouvidos, a digitalização das operações teve avanços que colocaram o negócio meses e até anos à frente do que esperavam.

Aproveitando todo este cenário, muitas empreendedoras usaram da transformação digital para alavancar seus negócios. Contudo, ainda enfrentam muitas situações de preconceito pelo simples fato de serem mulheres.

Tipos de preconceitos que mulheres enfrentam no mercado de trabalho.

Pensando nisso, listo 4 exemplos de preconceito que as mulheres empreendedoras enfrentam diariamente dentro do mercado de trabalho, confira:

1 – Não te deixam falar: sabe quando o homem não deixa você falar durante uma reunião ou te interrompe a todo o momento? Essa atitude é tão comum que o termo tem até um nome: manterrupting – que é a convergência de duas palavras “man” (homem) e “interrupting” (interrupção). Ou seja, “homens que interrompem”, numa tradução mais literal.

2 – (Re)explicam o que você já falou: isso acontece quando você está falando ou fazendo alguma apresentação e o seu colega ou cliente, deliberadamente, interrompe a sua exposição. Para em seguida, repetir com suas próprias palavras, o que foi dito anteriormente, desmerecendo assim, o seu trabalho.

3 – Faz piadas sobre TPM: quando você se impõe e coloca sua ideia de forma assertiva muitas vezes vai acabar ouvindo: “ela está de TPM” ou “está naqueles dias”. Portanto, esses tipos de comentários refletem o preconceito masculino e possuem conotação tendenciosa. Assim como, sugere uma falsa ideia de “instabilidade emocional”, que nada tem haver com a fisiologia feminina.

4 – O famoso mansplaining: eles começam a te explicar algo – sobre seu negócio – assumindo que você não entende nada sobre o assunto. Essa explicação é dada sem que a mulher tenha pedido e muitas vezes se refere a assuntos no qual ela mesma tem domínio.

Diante do que foi exposto aqui, é possível notar que nós mulheres ainda temos um longo caminho a percorrer rumo à valorização e aceitação do nosso trabalho. Entretanto, apesar do preconceito, e sabemos que não são poucos, com muito esforço e determinação conseguimos adentrar num meio que antes era considerado um domínio masculino. Agora, podemos comemorar com muito orgulho o espaço que aos poucos fomos conquistando – o mercado de trabalho.

*Maria Carolina Rossi é jornalista e sócia-fundadora da Comunica PR, agência de Relações Públicas

2 respostas

  1. Muito bom! Ainda mais esses tipos de preconceitos que mulheres sofrem. Eu já sofri todos esses citados acima. Difícil, minha gente!

    1. Infelizmente, isso ainda é “comum”. Mas aos poucos vamos mudando esse conceito e conquistando nosso espaço.

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