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Síndrome de Burnout é classificada como doença de trabalho a partir de janeiro

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Carolina Lara

Carolina Lara

Dani Costa, especialista em desenvolvimento pessoal, relata em livro como superou o problema e nos ensina como encontrar um novo caminho para nossas vidas.

*Dani Costa Foto: Divulgação

O mundo moderno tem causado, ao longo dos anos, a uma série de doenças que afetam, principalmente, pessoas com um nível de exigência e perfeição acima da média, como a Síndrome de Burnout. No entanto, dedicar-se ao máximo pode até parecer uma virtude, mas em alguns casos, pode gerar uma sobrecarga emocional capaz de dar origem a sentimentos desconfortáveis. Tal qual sintomas físicos como febre, dor de cabeça, desmaios, vômitos, insônia e um cansaço sem fim.

Dr. Jô Furlan, médico e neurocientista, explica que o problema vem cada dia mais sendo entendido como uma doença ligada ao trabalho e que a princípio não era levada a sério:

“Sintomas como exaustão, seja física ou mental, muitas vezes era ligada ao quanto trabalhamos e não ao como isso está esgotando cada ser humano. Portanto, a utilização do termo síndrome do esgotamento profissional ajuda as pessoas a entenderem o que é essa patologia”, define.

Síndrome de Burnout é classificada como um “fenômeno ocupacional”

Por todos esses motivos, a Síndrome de Burnout foi incluída na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) e passa a ser classificada como doença de trabalho. A nova classificação entra em vigor a partir deste mês de janeiro de 2022.

O neurocientista afirma que o estresse normalmente é fruto da má gestão da relação intra e interpessoal, de modo que, quando a pessoa não consegue administrar, aumenta o grau de estresse negativo, que é o distress: sofrimento em tradução livre.

“Isso gera um processo crônico, que vai se refletir tanto no comprometimento físico quanto mental. E consequentemente ocasionando uma diminuição de produtividade”, alerta especialista.

Ele ainda destaca que a Síndrome de Burnout afeta tanto homens quanto as mulheres, mas, a mulher é quem está mais sujeita a quadros de sensibilidade emocional. Por ser multitarefa, a mulher consegue desenvolver várias atividades ao mesmo tempo. Por outro lado, ela pode se esgotar com mais facilidade devido à sobrecarga de atividades.

É possível superar a síndrome

A especialista em desenvolvimento pessoal, Dani Costa, em dado momento sua vida, foi diagnosticada com Síndrome de Burnout quando teve um esgotamento mental que a levou ao limite. Então, cinco anos após esse acontecimento, ela decidiu escrever o livro “Você é o Caminho”, lançado recentemente em São Paulo e em Brasília.

O principal objetivo da obra é compartilhar as experiências e resultados que a autora vivenciou, gradativamente, até conseguir a cura. Para isso, a autora saiu à procura de respostas e escolheu dar uma pausa no turbilhão da rotina automática de executiva. Depois que diminuiu o ritmo, Dani Costa pôde, finalmente, mergulhar corajosamente em si mesma.

Para a mentora, as características mais comuns encontradas em quem sofre da Síndrome de Burnout são:

  • Ter de provar o seu valor o tempo todo;
  • Dificuldade em se desligar do trabalho;
  • Falta de disposição para relaxar e ter momentos de prazer e lazer;
  • Dificuldades em socializar;
  • Constante insatisfação consigo mesma e com os outros (nunca está bom o bastante);
  • Fuga de problemas pessoais e situações mal resolvidas na vida;
  • Problemas para alinhar vida profissional e pessoal;
  • Mudanças repentinas de comportamento;
  • Humor inconstante, dificuldades em dizer não e assumir responsabilidades além do que cabe à pessoa, entrando muitas vezes em situações abusivas.

Dessa forma, ao vivenciar esse ciclo, a pessoa realiza as atividades de forma automática, perdendo o prazer e conexão com a própria vida.

Dicas para evitar o desgaste extremo

Dani recomenda que para evitar o desgaste extremo, é muito importante ter momentos de conexão consigo mesmo, como tirar alguns minutos para olhar para si, por exemplo. Isso pode ser feito por meio de uma atividade física, meditação, yoga, alimentação saudável, terapias ou conexão espiritual:

“O simplesmente parar e relaxar, ainda que seja difícil, já leva a outro espaço de conexão, reorganização mental, priorização de valores que fazem sentido”, argumenta.

Para ela, esse comprometimento com o corpo, mente e espírito deve ser diário e leva a se desligar dessa matrix de trabalho e corporativa, que muitas vezes cria dissolução da realidade e da vida.

A especialista em desenvolvimento humano afirma ainda que é muito importante a adoção de práticas de bem-estar nos ambiente corporativo a fim de evitar que a Síndrome de Burnout acometa os colaboradores:

“Por mais que exista a autorresponsabilidade, acredito ser importante a cooperação da empresa a fim de evitar o aumento de absenteísmo e alta rotatividade, mantendo assim os níveis de produtividade e satisfação”, recomenda

*Dani Costa é especialista em desenvolvimento pessoal, mentora, palestrante e escritora. Também é idealizadora da Plataforma da Vida, um portal de conteúdo e serviços voltados para autoconhecimento e gestão emocional.

Serviço:

O livro está disponível na versão física na Livraria Martins Fontes da Paulista..

Para saber mais, acesse: plataformadavida.com / Instagram: @plataformada.vida e @dani.costa.oficial

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